Não digas o que sabes, sem saberes o que dizes.
Debaixo da boa palavra, se esconde o engano.
É pior fingido amigo, que declarado inimigo.
Onde falecem as verdades, prevalecem os enganos.
Contas de grão capitão: para si o melhor quinhão.
A quem tem muito, dão-lhe mais.
Casos há para que a Lei não dá.
Quem aplica a justiça, deve teme-la.
Estômago vazio não tem ouvidos.
Quando um não quer, dois não batalham.
A dormir não se alcançam vitórias.
A quem dorme ou preguiça, não acode a justiça.
Antes de mil anos, todos seremos brancos.
Quem é descuidado é sempre necessitado.
O freio do bom é o amor e o do mau é o temor.
A ambição enche a cabeça e cerra a razão.
O carácter verdadeiro não se avilta por dinheiro.
De cunhado nunca bom bocado.
Não são as pulgas do cão que fazem miar o gato*
Bem folga o lobo com o coice da ovelha.
Asno contente, vive longamente.
Tem gosto o burro em ouvir o seu zurro.
Não há melhor mostarda do que a fome.
A cada um o que é seu.
A lagartixa é que sabe por que não gosta da vara.
Filho de burro pode ser lindo, mas um dia dá coice.
A avareza é madrasta de si mesma.
A boa caridade começa em casa.
Antes burro vivo que sábio morto.
As grandes dores são mudas.
Cada qual sabe onde o sapato lhe aperta.
Quando o arrais canta, bem vai o barco.
Pedra bolida não cria musgo.
Quem faz força é o boi, quem geme é o carro.
Quem anda depressa, não enxerga o que procura.
Quem não sabe fingir, não sabe reinar.
Arte de agradar, arte de enganar.
Podes perder por preguiça, o que ganhas por justiça.
Quando vem a glória, vai-se a memória.
O asno aguenta a carga, mas não a sobrecarga.
Antes filho de pobre que escravo de rico.
Farta-te gato, que é dia de Entrudo.
Galo bom, nunca foi gordo.
Mais quer o menino à mãe que o amima,
do que ao pai que o doutrina.
Quem vive de esperanças, morre de desenganos.
É da proibição que nasce a tentação.